sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Breve História dos Sistemas de Suporte à Decisão

Com a crescente evolução das novas tecnologias e a sua efectiva utilização no âmbito organizacional, os sistemas de informação tornaram-se ferramentas essenciais no quotidiano organizacional. A crescente importância destes sistemas e o nascimento da Internet fizeram com que empresas e particulares tivessem rapidamente acesso às enormes quantidades de informação.

A existência de ferramentas que alteraram completamente a forma de como realizar as actividades rotineiras da empresa, que permitiram a automatização de algumas dessas tarefas, a constante criação de aplicações que permitiam cada vez mais uma maior organização e estruturação e representação da actividade empresarial fez com que os investigadores começassem a estudar formas de modelar a Tomada de Decisão Empresarial.

De acordo com Keen and Scott Morton o conceito suporte á Decisão evoluiu de duas principais áreas investigacionais: Estudos Teóricos da Tomada à Decisão OrganizacionalCarnegie Institute of Technology) nos finais da década de 50, e Técnicas de Trabalho em Computadores Interactivos (Massachusetts Institute of Technology) nos anos 60, apenas a meio dos anos 70 os Sistemas de Suporte á Decisão se tornaram uma área de investigação independente.
Em meados da década de 80 os EIS (executive information systems ), os GDSS (group decision support systems) e os ODSS (organizational decision support systems ) envolviam um único utilizador e os SAD orientado à modelagem.
A existência de mais que uma aplicação tornou necessária à integração de dados de forma a que estes se encontrassem válidos e coerentes surgiu baseado nestas necessidades, no inicio dos anos 90, o data warehousing .

Posteriormente surgiram as on-line analytical processing (OLAP) que alargaram o âmbito dos Sistemas de Apoio à Decisão. No final da década de 90, novas aplicações analíticas foram desenvolvidas com base na WEB (WEBOLAP's).
A University of Vermont PROMIS system (suporte à decisão médica) e Carnegie Mellon ZOG/KMS system (tomada de decisão militar e de negócio) permitiriam enormes avanços na investigação da área dos Interfaces.

Actualmente podemos organizar os Sistemas de Suporte à Decisão como : "communications-driven, data-driven, document driven, knowledge-driven and model-driven" , de acordo com a maior preocupação reflectida na concepção do DSS.
(

sábado, 13 de outubro de 2007

Inteligência Artificial...IA IA!!

Numa das minhas crónicas já me tinha referido a este tema (tomo sobre o Conhecimento), mas decidi detalhar mais um pouco, por 2 motivos: primeiro, porque IA sempre me aliciou e segundo porque nunca fará mal mais acréscimo de informação (e tendo em conta também, o âmbito deste tópico na área do Mestrado do autor...).

Na história de IA, identificam-se 4 períodos:

Sintetizando, IA é um domínio cientifico destinado a estudar a inteligência humana e a de construção de métodos ou dispositivos computacionais capazes de simular a capacidade humana de resolver problemas, pensar, ou de uma forma mais ampla evidenciar o comportamento inteligente. E é neste paradigma que IA auxilia os SAD’s: “Antes de tomar uma decisão, ponderam-se todas as possíveis e repercussões associadas à SIMULAÇÕES!!! (antes da tomada da decisão correcta)”.

Fontes de IA:

1. De Filosofia

- A do Racionalismo. Primazia do abstracto, de absoluto, do a priori e do dedutivo;

- A do Construtivismo e do Empirismo, caracterizado pela percepção, pelo relativo, pelo a posteriori, pelo indutivo;

- A do Dualismo


2. Da Matemática

Desde que nasceu IA (que teve origem em IO – Investigação Operacional), existiu sempre uma integração entre as teorias da lógica, das probabilidades, da decisão e da computação. Desde a lógica de predicados ou lógica de 1ª ordem (representação do sistema mais básico de representação do conhecimento) ao conceito de redução, através da qual seria possível transferir os problemas de uma classe numa outra, permitindo encontrar a resolução do problema numa ou noutra classe, a Matemática sempre teve um papel preponderante.


3. Da Psicologia

Aproveitando os processos de investigação sobre a inteligência humana.


4. Da Psicologia

Para a representação do conhecimento, existe uma relação uníssona entre IA e a linguística. As principais características da linguística em IA são:

- Estrutura – a sintaxe;

- Linguagem – a semântica.


5. Da Ciência da Computação

Através do software, proporcionou-se o alargamento dos sistemas operacionais, desenvolvimento de linguagens de programação e as actuais ferramentas que permitem escrever os programas actuais.


6. Da Ciência Cognitiva

Conhecida também por ciência da mente, é uma ciência que possui relações uníssonas entre a cognição, inteligência e a linguagem humana de uma forma racionalista. O objectivo fundamental da ciência cognitiva é compreender a estrutura e o funcionamento da mente humana.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Classificações do meu perfil no MSIAD e do meu QI

Caro leitor,

Não sei quem está a ler, mas espero que esteja a gostar tanto como eu estou de o escrever! (Caso não goste, demonstre-o comentando, aceito qualquer comentário!!:P).

Foi-nos pedido para classificarmos os indicadores associados ao nosso perfil de entrada no Mestrado SIAD, num ficheiro excel. Estava eu a fazer o referido documento, GUI e user-friendly, sendo que pouco depois, a Fernanda enviou o seu ficheiro para a 'mailing-list' (obrigado! Está muito bom!). Não fui de modos e aproveitei-o. Que ilações tirei com isto? Que tenho de trabalhar mais em .xls e que tenho de reavaliar a minha gestão de tempo (não é mesmo fácil trabalhar (muito) e estudar (muito) hoje em dia). Dei também uma vista de olhos aos blogs (e não querendo puxar a brasa à minha sardinha, mas o da Carla G. e o do João O. estão muito bons, ou não fôssemos do mesmo grupo!), e passei pelo do Filipe que me chamou logo a atenção pelo facto de ter feito o Super IQ Test do site www.tickle.com. Decidi também experimentar, mas antes pensei ("Então 1º é o .xls da Fernanda e agora é 1 teste de QI do Filipe?! Prevaricador!”):)

Antes de mais, a minha classificação:
Relativamente ao teste QI, achei engraçado à alcunha que me deram:
E um excerto da descrição:

"Your test results indicate that the way you process information makes you a Creative Theorist.

You are a highly intelligent, complex person. You process all kinds of information easily, using the power of both your creative and analytic abilities. In any situation, you know how to extract the most valuable details and use them to understand the larger picture. Most people do not have your talent of being able to spot both numerical and visual patterns.

Your highly imaginative mind allows you to be innovative, and conjure up notions of what could be. In some circles this is called "thinking outside the box" and is considered an extremely valuable asset. However, not everyone is prepared for such an active imagination and you may find you have to spend time convincing people of your great ideas. It might behoove you to find others like you, who are able to understand how your mind works.

Here's an example of your Creative Theorist thinking skills at work in a real-life situation:
You go to a symphony with a bunch of friends. The way the conductor moves his arms during the performance makes you think of patterns you have studied in physics. You remember the movement of a pendulum and how a cradle rocks back and forth in the same motion, and you tell yourself that you are going to dig up your old school books just to brush up on other related concepts. When the concert ends, you feel compelled to tell your friends about the beautiful intersection you witnessed between science and art. They'll most likely see what you mean, but they would never have come up with the association on their own.
Thank goodness you think the way you do!"

Sinto-me mais motivado depois deste teste? Não, mas gostei de o ler!:). Conheço-me melhor? Talvez mais 1%.

Já devem estar a afirmar (ou não): “Este gajo é mesmo teimoso”. Quase! Sou é muito persistente e sei o que quero. Tenho os meus objectivos delineados e quero cumpri-los, mas sei que vai requerer muito esforço, dedicação e trabalho contínuo!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Business Intelligence - Tomo III: The End & The Future

BI, que futuro nos reservas?

Após ter estudado e investigado bastante sobre este tema, a minha idiossincrasia diz-me que presentemente estamos a ir pelo ‘bom caminho’, ou se preferirem, na direcção certa. E porquê? Porque cada vez mais, as necessidades empresariais são maiores, não somente da satisfação do cliente, mas também dos tempos de execução, de um maior retorno do investimento (ROI) e fundamentalmente, de uma necessidade cada vez maior de tomar decisões correctas.

E de que maneira podemos garantir o sucesso destes factores? Em primeiro lugar, por um aumento da capacidade intrínseca dos gestores, analistas e técnicos em BI (neste momento prevejo que em 2 anos existirão, pelo menos, mais 19 pessoas aptas para estas funções). Em segundo lugar, por um maior manuseamento dos funcionários/departamentos de uma empresa, em ferramentas BI, garantindo não apenas, mais e melhor informação, mas também, uma maior visibilidade na performance do segmento do seu negócio. Por fim, não menos importante, a dependência das empresas na informação em real-time, a crescente necessidade dos gestores empresariais efectuarem análises em tempo real.

Destaco igualmente um artigo bastante interessante da IBM:
Artigo IBM

Conclusão

No 1º tomo sobre este tema, começámos por descrever as influências de BI na nossa história, e como se podia ‘adaptar’ a outras realidades e não apenas à empresarial.

De seguida, vimos o conceito de BI, em que através de um conjunto de ferramentas TI podemos transformar os dados em informação, e por sua vez, em conhecimento, subsidiando aos gestores uma mais-valia na tomada de decisão sobre os negócios da organização, ou seja, em todas as métricas de performance chave, permitindo o aumento da produtividade e da competitividade.

Referimos igualmente que BI envolve reunir, armazenar, analisar e avaliar dados utilizando uma variedade de ferramentas, sejam estas de pesquisa e apresentação de relatórios, OLAP, data mining e sistemas de suporte de decisões.

Por fim, o futuro de BI, e a minha intuição diz-me que este será risonho! Tanto para o BI, como para MI!

The End! (…for now)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Business Intelligence - Tomo II: The BI Continues

No ‘fascículo’ anterior de BI, vimos que com o passar dos anos, os objectivos das empresas eram cada vez maiores e face à evolução da tecnologia e de uma maior concorrência, seria necessário refinar as estratégias que melhor respondessem às tomadas de decisões. Vimos então que seria imprescindível implementar sistemas transaccionais de modo a optimizar todo o processo de trabalho. Mas seria insuficiente! Era necessário ir mais além! Sendo assim, era notório um cada vez maior investimento em projectos de BI. Desta maneira, para a ‘sobrevivência’ das empresas no actual ambiente de competitividade, é fundamental o acesso a informações que servirá de subsídio a tomadas de decisão, a curto, médio e longo prazo:
A importância do Data Warehousing:
  • Tecnologia de base para o Businesse Intelligence;
  • Modelação e tratamento dos dados para a implementação do Data Warehouse (DW).

Data Warehouse (DW)

  • Integração de tecnologias destinada à modelação de dados;
  • Armazenamento de dados, variáveis no tempo e integrados;
  • Disponibiliza uma imagem única do negócio da empresa;
  • Prover um sistema de suporte a decisões, de consultas, gerações de relatórios e análises;
  • Uso corporativo.

Data Mart

  • Contém dados extraídos do DW;
  • Uso específico (e.g., por departamento), focado nas necessidades de decisão.

Vimos sucintamente, os componentes e o funcionamento de um DW. Mas quais os passos para montar um DW? Por onde começar?...Obviamente, pelo início:

1. Definir o Problema:

  • What? – Quais as causas;
  • Where? – Onde/localização do problema;
  • How? – Como?
  • When? – Quando?
  • With whom is it? – Quem ou o quê que está realmente associado ou potencialmente afectado ao problema em causa;
  • Why? – Porquê?

Neste passo é fundamental observar e analisar as potenciais causas para o problema, em que o papel dos gestores, analistas é fulcral e a interacção deve ser o mais pormenorizado possível, de modo que o teor dos dados seja o mais transparente possível e orientado para o âmbito do problema em causa.

2. Envolvimento e participação da equipa de TI

Nesta fase deve existir uma interacção com a equipa de TI e os envolvidos do passo anterior, que possuem o conhecimento e o entendimento do negócio.

3. Identificação de indicadores das áreas estratégicas

4. Planeamento da execução da resolução do problema e validação dos indicadores seleccionados

Devem ser definidos os indicadores, critérios utilizados, e planeado um conjunto de factores para implementação do BI: recursos, orçamentos, facilidades, …

5. Identificação das fontes de dados

Nesta fase, os dados em ‘bruto’ e os inputs para o DW devem ser identificados – ERP, transacções, dados externos, etc.

6. Implementação do DW e BI

Realce-se que o gestor deve analisar de uma forma contínua a eventuais alterações e políticas e procedimentos que poderão ter impactos nos inputs e outputs do DW.
Requisitos mínimos para a implementação do BI e DW (realço que existem outros, mas destaco os principais):

1. SGDB – Base de Dados
    • Oracle da Oracle
    • DB2 da IBM
    • SQL Server da Microsoft
2. Ferramenta(s) de BI
    • MicroStrategy – MicroStrategy
    • Discoverer – Oracle
    • Business Objects (BO)
    • Cognos – Cognos

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Business Intelligence - Tomo I: The Beginning

Decidi dividir a descrição do conceito de Business Intelligence em 3 tomos, fugindo um pouco à regra dos anteriores capítulos. Isto porque, explicar este conceito exige uma complexidade e uma sensibilidade que eu ainda não a tenho a 100%.

Este capítulo visa descrever resumidamente a história do BI até aos tempos correntes.

Entender o passado para compreender o presente e preparar o futuro.

Este termo que utilizamos nos dias correntes, para descrever todo o conjunto de ferramentas de software TI que permitem tratar toda a informação, ajudando os gestores na análise de decisões sobre os negócios da empresa ou da organização, é algo recente? O BI pode ser meramente entendido apenas no enquadramento de soluções TI? Eu não concordo! (Relembro que no meu 1º tópico disse que era refilão…e não sou pouco:)).

Vou dar um exemplo concreto e real. Na construção das pirâmides Chichen Itza, pela civilização Maya, por volta de 800 d.C, não houve uma necessidade de estudar e analisar o espaço físico, posição dos astros, principalmente do sistema solar, e outros tantos detalhes? Não teve de haver uma necessidade de cruzar todas estas informações de modo a tomarem a melhor decisão no que toca à arquitectura? Não chamamos a isto Business Intelligence?

A cultura Maya é apenas um exemplo. A nossa história foi feita a partir a partir de cruzamento de informações, análises efectuadas e decisões tomadas! Fenícios, Egípcios e sobretudo a sociedade do médio Oriente tinham de observar e analisar o comportamento das marés, mudanças temporais e outras tantas informações, de modo a tomarem as melhores decisões que lhes permitisse uma melhor qualidade de vida para as suas comunidades.


Evolução da TI

Numa época mais recente, mais concretamente na década de 60, quando os computadores diminuíram de tamanho e as empresas começaram a perceber os dados como uma fonte de geração de informações decisivas e que poderiam render potenciais lucros, deu-se uma fase que se pode designar por Pré-BI.

As décadas seguintes foram marcadas como uma evolução contínua da TI e a necessidade cada vez maior de guardar dados, geração de relatórios e a utilização de ferramentas cada vez mais actuais. Em 1992 surge o primeiro surge o primeiro Data Warehouse e os processos de tratamento de informação – extracção, integração, filtragem e modelação traduzem a evolução tecnológica no BI.Com o passar dos anos, o BI ganhou uma maior abrangência, e num processo de evolução natural, foram criadas um conjuntos de ferramentas – EIS, DSS, geração de relatórios, Data Marts, Data Minings, OLAP, entre tantas outras, com o objectivo de dinamizar a tomada de decisões e refinar estratégias que melhor consigam responder aos objectivos delineados e de satisfazer as necessidades dos clientes.

to be continued... (em 'BI - Tomo II:
The BI Continues')

sábado, 29 de setembro de 2007

Links BI (há sites bem mais interessantes!!)

Olá Leitor! Que mau dia, hein?

E por que não aproveitá-lo da melhor forma em frente ao computador? Então, enquanto faço as minhas reflexões e divago pela NET e na informação que me é facultada, de modo a responder às questões dos T-Pêcês, apresento-lhe alguns links didácticos sobre BI. Garanto-lhe que o seu tempo não será em vão! O último é do nosso “amigo” Sven 1 Hansson’s.

1 – http://www.tdwi.org/

2 – http://dssresources.com/

3 – http://www.managementhelp.org/prsn_prd/prb_bsc.htm

4 – http://www.infra.kth.se/~soh/


PS – Jamais não iria escrever uma crónica por causa do jogo Benfica-Sporting, às 19.15, no Estádio da Luz, coff coff…