terça-feira, 23 de outubro de 2007

Yan Yang!!

Yan Yang? E Taiji Tu? Ok…uma imagem vale mais do que 1000 palavras:
Reconhecem não é? É o diagrama Taiji Tu que a Profª. ZT desenhou por duas/três vezes no quadro. E qual foi a razão de nos oferecer uma amostra da sua veia artística? Foi basicamente para nos explicar o princípio da dualidade de Yan e Yang! Segundo este princípio, cada uma das dualidades são analogias que representam duas forças complementares, o equilíbrio dinâmico das forças da natureza, da mente e do físico integrados num movimento contínuo de geração mútua. Yin é o princípio feminino, passivo, escuro representando a noite, enquanto que Yang é o princípio masculino, activo, luminoso, representado o dia. Querem dois exemplos triviais desta dualidade? (Siiimm…):

1 – O Sol e a Lua (e a fábula clássica do romantismo entre ambos: http://www.romantichome.net/osolealua.htm.

2 – A construção dos estádios dos clubes lisboeta, Estádio da Luz e o Alvalade XXI:

Este exemplo bastante corriqueiro, não deixa de ter o seu quid pro quo de Yan Yang, pois sabemos que tanto o Benfica e o Sporting fazem parte da nossa cultura portuguesa (infelizmente, em excesso), pois apesar da polaridade existente entre estes dois clubes, que também representam as cores vermelhas e verdes, respectivamente, da bandeira de Portugal, possuem fortes laços que os aproxima (quiçá, analogicamente identificados pelo nó de acesso equidistantes aos estádios que aparenta formar um laço).


E a conexão que pretendo com este tomo ao MSIAD? Ora bem:

  • Yan representa os Dados, extracção ou síntese do conhecimento humano sobre o problema, em que apenas fazem sentido num dado contexto;
  • Yang representa o Modelo de Dados – análise e extracção do conhecimento implícito nos dados; interpreta o contexto dos dados;
  • O contorno a vermelho (na figura à esquerda) representa o user interface – interacção entre o humano e a máquina, através de inputs (manipulação do sistema) e outputs (efeitos produzidos pelo sistema resultantes da manipulação do humano);


Yan Yang representa o DSS (Modelo de Dados + Dados + Interface)!!!

Perante esta analogia ao princípio da dualidade podemos afirmar que os DSS, para transmitirem a harmonia frisada pelo Yan Yang, não pode dissociar estas particularidades – Dados, Modelos e Interface. Antes pelo contrário, deve ser indubitável esta relação uníssona!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

História dos DSS: De 1990 aos dias de hoje

De 1990 aos dias de hoje:

Em 1990, Inmon, edita o livro “Using Oracle to Build Decision Support Systems”, em que descreve os DSS construídos sobre Oracle. Eom e Lee publicam artigos e casos de estudo que descrevem como as aplicações DSS são sustentadas por modelos quantitativos, análises, bases de dados, e na gestão da tomada de decisão.

Em 1991, Inmon lança os How-To’s: “Building the Data Warehouse”, “Database Machines” e “Decision Support System”. Inmon, no seguimento de artigos anteriormente publicados, descrevia a arquitectura de DWH por si idealizada, e mais importante, no foco que denotava na importância dos DW na tomada de decisões. Inmon é considerado então o Pai do DW; para mais informações acerca de Inmon: http://www.inmongif.com/a. É de realçar que também neste ano, por Tim Berners-Lee aparece o primeiro Website online, inicialmente como página de texto (em SGML), colocada no CERN (Organização Europeia para Investigação Nuclear).

Em 1993, Codd, identifica e descreve as necessidades de uma abordagem mais célere para fornecer respostas a questões analíticas de natureza multidimensionais, a que se deu o nome de OLAP (Online Analytical Processing). Berners-Lee, juntamente com Dan Connolly, formalizam a linguagem HTML, no seguimento do SGML (com uma DTD em SGML definindo a gramática).

Em 1994, é lançado o HTML 2.0, que complementa ao HTML, form tags e tabelas. Nigel Pendse , inicia o desenvolvimento de ferramentas de report OLAP, desenvolvido sobre a linguagem de programação APL.

Em 1995,

.
..também está em construção... caro leitor, não desespere que é temporário. Caso pretenda que os tomos sejam disponibilizados mais céleres, envie-me um mail e eu envio-lhe o meu nib (associação?! É que assim despedia-me logo das minha tarefas laborais e voilá...tinhamos o "tempo":D)
auto-pergunta: e porque é que não acabaste a década anterior primeiro? Porque escrever sobre o passado mais recente é bem mais fácil!

História dos DSS: De 1980 a 1990

De 1980 a 1990:

Em 1981, foi realizada a primeira Conferência Internacional sobre os DSS em Atlante, Geórgia. Denotou-se então um maior interesse por esta área e foram crescendo os fóruns de discussão, com o objectivo de partilha de ideias, teorias e trocas de informações. Igualmente neste ano, Robert Bonczek, Holsapple Clyde, e Andrew Whinston lançam um artigo onde identificam quatro aspectos essenciais, ou quatro componentes gerais, no que toca à concepção dos DSS: 1 – A linguagem do sistema (LS), que especifica o que um determinado DSS pode aceitar; 2 – A apresentação do sistema (PS), ou seja, as mensagens que um DSS pode emitir; 3 – Um sistema de conhecimento (KS), i.e, a base de conhecimentos de um DSS; E 4 – Um problema - sistema de processamento (PPS), o "motor de software" que tenta reconhecer e solucionar problemas no uso de um determinado DSS. Neste artigo explicam como a Inteligência Artificial e as tecnologias Expert Systems foram relevantes para o desenvolvimento dos DSS. Também neste ano, Hackathorn e Keen distinguem os DSS em três distintas categorias interrelacionadas: Personal DSS, Group DSS e Organizational DSS.

Em 1982, A Time Magazine nomeia o computador como o Homem do ano. Neste Rockart e Treacy publicam e publicitam o artigo “The CEO Goes On-Line”, dando um maior destaque aos EIS que até então poucos conheciam. Descreve os EIS como uma das formas de gestão de sistemas de informação, em que o seu principal intuito é facilitar o suporte da informação e tomada de decisões de uma forma mais acessível, através de uma interface user-friendly que inclui algumas features (e.g., drill-down).

...o autor pede desculpas, mas ainda está fase de investigação e pesquisa dos restantes anos...

História dos DSS - De 1970 a 1980

De 1970 a 1980:

Em 1971, Gorry e Scott Morton publicam um artigo acerca dos DSS. O livro de “Management Decision Systems”, também de Scott Morton, é publicado. Igualmente neste ano, sai o artigo de Jr Gerrity, "The Design of Man-Machine Decision Systems: An Application to Portfolio Management". Este artigo foi baseado na dissertação do seu sistema desenvolvido no MIT, em que foi concebido para apoiar os investidores na administração diária do portfolio dos clientes.

Em 1973, David R. Woolley arquitecta um produto, o PLATO, nos laboratórios de Investigação e Desenvolvimento (CERL), na universidade de Illinois.

Em 1974, Gordon Davis, um professor da Universidade de Minnesota, publica o seu influente artigo sobre Gestão de Sistemas de Informação. Ele definiu um “Management Information System como uma forma integrada de homem / máquina e sistemas de informação para apoiar as operações, gestão e tomada de decisões em função de uma organização.

Em 1975, Steven Alter completa a sua dissertação da tese MIT: "A Study of Computer Aided Decision Making in Organizations", em que descreve como é que os sistemas computorizados auxiliam a tomada de decisões em Organizações. Neste mesmo ano, Keen publica o artigo SMR acerca da evolução dos sistemas informáticos no apoio à tomada de decisão.

Em 1976, Sprague e Watson publicam o artigo acerca dos sistema de suporte à decisão para bancos e os meios de comunicação começam a dar um maior relevo sobre os sistemas de apoio à decisão e planeamento estratégico.

Em 1977, Alter edita um artigo acerca dos sistemas de apoio à decisão da Taxonomia e expande a sua framework de ideias sobre a gestão e negócios em DSS. Neste ano, por diversas vezes foram discutidas em conferências académicas, incluindo no Instituto de Ciências Norte-Americano e na conferência ACM SIGBDP, em que o âmbito era os Sistemas de Suporte à Decisão.

Em 1978, é desenvolvido o EIS MIDS - called Management Information and Decision Support em Lockheed-Georgia, pela Northwest Industries e Lockheed, que investiam na tecnologia de ponta para concretizar os seus projectos em DSS. Neste ano, Keen e Scott Morton publicam um livro que proporciona a primeira abordagem de orientação a sistemas de suporte à decisão integrando os componentes de design, implementação, evolução e implementação; este livro serviu, inclusivamente, de alicerces e fontes de educação a estabelecimento de ensino DSS. O livro de McCosh e Scott-Morton acerca dos DSS teve maior influência na Europa. Igualmente neste ano, Gerald R. Wagner e os seus alunos da Universidade de Texas desenvolveram a primeira ferramenta comercial para construção de DSS's, usando a dimensão financeira e modelos quantitativos, a qual deram o nome de IFPS (acrónimo para Interactive Financial Planning System).

Em 1979, John Rockart da Harvard Business School, publica um artigo que impulsiona ainda mais o desenvolvimento dos EIS (Executive Information Systems) e ESS (Executive Support Systems). Rockart descreve a utilização dos sistemas de informação para disponibilização do sucesso das métricas dos gestores.

Em 1980, Ralph Sprague edita um artigo acerca do framework dos DSS e da integração entre a base de dados, modelos de dados, comunicação e gestão do software. É também fundada em 1981, a MicroDecisionware por Hackathorn. Neste ano, Alter finaliza a dissertação da sua tese de MIT, que resultaria igualmente na publicação de um livro. Após anos de investigação, publicações de artigos e vários casos de estudo, Alter descreve que os DSS devem ser categorizados de acordo com as operações genéricas que os sistemas podem executar; descreve igualmente que estas operações genéricas podem ser consideradas numa única dimensão, dependendo da complexidade do DSS, ora extremamente orientado a dados, ora extremamente orientado a modelos de dados. Sendo assim, e após a realização de um estudo com 56 DSS, classifica-os em sete tipos distintos:

  • Sistema de ficheiros que permite o acesso aos itens;
  • Sistema de análise de dados que suportam a manipulação de dados informatizados por ferramentas adaptadas a uma tarefa específica, ou por ferramentas mais gerais;
  • Sistemas de análise de informação orientados para pequenos modelos e decisões orientadas;
  • Modelos contabilísticos e financeiros que permitem calcular as consequências de eventuais acções;
  • Representação de modelos que estimam a consequência de acções, com base em simulação de modelos;
  • Modelos optimizados que promovem orientações a acções, gerando uma solução óptima e coerente, mas com uma série de constrangimentos;
  • Modelos sugestivos que executam um processo lógico de transformação e que conduzem a uma decisão específica sugerida por uma bastante estruturada, uma tarefa bem explorada.

História dos DSS - Até 1970

Introdução

No seguimento do tomo anterior, pretendo descrever um pouco mais da história dos Sistemas de Apoio à Decisão, ou se preferirem, dos DSS – Decision Support Systems. E vou estruturar a história em 4 tomos sequenciais:

  • Até 1970
  • De 1970 a 1980
  • De 1980 a 1990
  • De 1990 aos dias de hoje

Pretendendo desta forma, guiar os leitores numa leitura mais agradável, tendo em conta que a informação estará CMCM – Completa, Minimal, Compreensível e Medível!

Descrição

Sucintamente, os DSS fornecem modelos genéricos de tomada de decisão que analisam um conjunto de variáveis que permita o enquadramento da melhor tomada de decisão.

Até 1970

Em 1945, o cientista americano Vannevar Bush, propõe uma máquina capaz de auxiliar e guardar conhecimento, ao qual deu o nome Memex (MEMory EXtension). O seu autor publica o artigo “As We May Think”, em que escreve "Consider a future device for individual use, which is a sort of mechanized private file and library. It needs a name, and to coin one at random, ‘memex’ will do”. Devemos considerá-lo como um pioneiro dos DSS, pois defendia que seria impensável à mente humana armazenar toda a soma de conhecimentos. Sendo assim, o Memex permitiria reunir e gerir montanhas de informação, facilmente e celeremente alcançáveis.

Em 1947, Herbert Simon escreve o litro intitulado de “Administrative Behavior”. Neste artigo, Simon promove um contexto, ou melhor, um modelo, para compreender e suportar a tomada de decisão. Defendia que a tomada de decisão engloba três passos: 1 – Listar todas as alternativas identificadas; 2 – Determinar a consequência dos resultados de cada uma das alternativas; 3 – Comparação dos impactos de consequências das alternativas.

Em 1952, George Dantzig, matemático americano introduziu o algoritmo simples. Juntou-se à RAND Corporation (organização não lucrativa de investigação e desenvolvimento, ao serviço forças armadas dos EUA). Dantzig implementou programação linear nos seus computadores.

Em 1954, foi desenvolvido pelo MIT Lincoln Laboratory, o SAGE (Semi-Automatic Ground Environment), em que num enquadramento militar foram desenvolvidos sistemas de defesa dos EUA, baseados na comunicação entre as máquinas e os militares proporcionando uma melhor monitorização e gestão dos recursos e decisões a tomar. O SAGE é considerado como um dos primeiros sistemas computorizados DSS.

Em 1956, Jay Forrester, Engenheiro Informático Norte-Americano, iniciou o System Dynamics no MIT Sloan School. É considerado o fundador dos sistemas que simulam as interacções dos objectos.

Em 1960, Simon publica o livro “The New Science of Management Decision”. Neste livro Simon realça a importância dos DSS e os enquadramentos de compreensão da tomada de decisão. Neste mesmo ano, J.C.R. Licklider escreve o famoso artigo “Man-Computer Symbiosis”, em que realça a necessidade de simplificar a interacção entre os computadores e os utilizadores.Defensor de que os humanos deverão definir as metas, formulação de hipóteses, critérios e avaliações e que os computadores farão o trabalho de preparar o caminho para tomada de decisões a nível técnico e cientifico. Em 1962, desenvolve o projecto MAC no MIT e mais tarde (1968) viria a tornar-se o directo do projecto, em que se pretendia estudar as interacções Homem-Máquina, com vista a evoluir nesse sentido.

Em 1962, Kenneth Iverson, publica o livro “Linguagens de Programação (APL – AProgramming Language)”. O autor neste livro descreve acerca de vectores e matrizes multi-dimensionais. Também neste ano, Engelbart, publica o artigo "Augmenting Human Intellect: A Conceptual Framework", que serviu de base a futuros artigos e estudos no âmbito dos DSS.

Em 1963, Engelbart instalou-se no laboratório Augmentation Research Center, e aí criou o On-Line System (NLS), o primeiro ambiente integrado para processamento de ideias. O sistema utilizava várias ferramentas novas, (que hoje em dia são consideradas vulgares), tais como o rato, teleconferência em ecrãs partilhados, conexões por hipertexto, processador de texto, e-mail, sistemas de ajuda on-line e um ambiente de janelas.

Em 1965, Edward Feigenbaum, liderou uma equipa de investigação e desenvolvimento na Universidade de Standord. Esta equipa foi responsável pelo sistema DENTRAL, o que levou consequentemente ao desenvolvimento de outros programas, incluindo o MYCIN, em que o sistema auxiliava os médicos no diagnóstico de doenças sanguíneas, baseado em registos de sintomas clínicos.

Em 1966, Scott Morton estudou como os computadores e os modelos analíticos poderiam ajudar os gestores no planeamento e tomada de decisão. Para o efeito liderou uma experiência na qual os gestores utilizavam o Decision Management System (MDS). O MDS decorreu num IDI CRT 21 polegadas a um Univac de 494 sistemas. Neste mesmo ano, foi fundado o Tymshare e publicado o artigo de Raymond acerca da utilização de modelos quantitativos computorizados no planeamento e tomada de decisão.

Em 1967, Scott Morton finalizou a sua dissertação no impacto dos dispositivos computorizados na gestão da tomada de decisão. Turban, refere-se à necessidade do uso de modelos matemáticos na implementação e manutenção dos DSS.

Em 1968, Scott Morton, McCosh e Stephens publicam novos artigos de investigação acerca dos DSS, proporcionando uma maior evolução nesse sentido. Engelbart e a sua equipa fizeram uma demonstração do NLS (On-Line System), na "Fall Joint Computer Conference", em San Francisco, recorrendo a um teclado, um rato, e um microfone colocado na cabeça. Foi o primeiro modelo funcional do que seriam os computadores do futuro.

Em 1969, Ferguson e Jones relataram o primeiro estudo experimental utilizando um computador auxiliado decisão sistema. Este estudo consistiu numa aplicação programada de produção executada num IBM 7094. Neste ano, John Little, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, no seguimento do seu estudo dos DSS, na área de Marketing, e Lodish, desenvolviam o MEDIAC, um media DSS. Ao invés, Urban desenvolvia igualmente uma ferramenta DSS, o SPRINTER.

Em 1970, Lodish edita um artigo que descreve a relação entre os Modelos DSS e os gestores. Joyner e Tunstall publicam um artigo na “Conference Coordinator”, considerado o primeiro estudo empírico nesta área de investigação. Murray Turoff desenvolve e implementa o EMISARI – Computer Mediated Communications System, sistema computorizado para facilitar a comunicação. Neste ano, foi igualmente desenvolvida uma ferramenta multidimensional de análise para sistemas integrados, o IRI Express.